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Entrevista - António Victorino de Almeida

António Vitorino de Almeida

Entrevista com António Victorino de Almeida onde nos fala, para além da sua vasta carreira musical, da sua visão sobre a situação atual do país, do atual panorama da música em Portugal e não só.

“… que existam orquestras sinfónicas, deveriam existir quatro ou cinco no país, porque temos material humano para isso!...”

e

“Deixem-me ajudar!”

são algumas das vontades expressas pelo Maestro nesta conversa com o Música e Músicos.

Sara Braga Simoes

Sara Braga Simoes, Soprano

Sara Braga Simões formou-se em Canto pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto em 2001, tendo mais tarde tirado o Mestrado na Universidade de Aveiro em 2011. Atualmente está a fazer o doutoramento em “Music Performance” na Universidade de Aveiro.

Sara Braga Simões venceu vários prémios nacionais e internacionais. A crítica internacional de ópera descreve-a como uma soprano de extensão impressionante (Opera Now) e com um desempenho excecional (Opera Magazine).

É convidada regular nas temporadas do Teatro Nacional de São Carlos e nos principais teatros, salas de concerto e festivais de música portugueses. Tem-se apresentado, também, em Espanha, França, Inglaterra, Eslovénia, Andorra e Moçambique.

Em ópera, interpretou dezenas de papéis principais dos quais se destacam Pamina (A Flauta Mágica), The Governess (The Turn of the Screw, Britten), Gretel (Hänsel und Gretel), Susanna (Le Nozze di Fígaro), Rita (Donizetti), Zerlina (Don Giovanni), Despina (Così fan Tutte), entre dezenas de outros.

O seu repertório concertístico abarca obras de compositores como Händel, Pergolesi, Vivaldi, Ravel, Berio, George Crumb, George Benjamin, Peter Maxwell Davies e também as obras Messiah de Händel (com a orquestra Metropolitana), Ein Deutsches Requiem de Brahms, Gloria de Poulenc (ambos para o Teatro Nacional de São Carlos) e Des Knaben Wunderhornde Mahler (para a Casa da Música), entre outras.

Sara Braga Simões foi a soprano escolhida para o papel principal feminino na estreia absoluta de sete óperas do século XXI e para a estreia de muitas obras de compositores consagrados como João Pedro Oliveira, Nuno Côrte-Real, Luís Tinoco, Carlos Azevedo e Aubert Lemeland. Destaca-se a estreia absoluta da ópera O Sonho de Pedro Amaral, em Londres, com a London Sinfonietta.

Foi dirigida por maestros como: Lawrence Renes, Martin André, Stefan Asbury, Peter Rundell, Johannes Willig, Laurence Cummings, Marcos Magalhães, Ferreira Lobo, Cesário Costa, António Saiote, Marc Tardue, Osvaldo Ferreira, Pierre-Andre Valade, entre outros.

Os seus concertos são frequentemente gravados pela RTP e RDP. Gravou, com o pianista Luís Pipa, a integral da obra para Canto e Piano de Eurico Thomaz de Lima.

Ao longo do seu percurso académico, Sara Braga Simões teve como mestres Manuela Bigail, Rui Taveira e Peter Harrison.Continuou os seus estudos em Londres com Susan McCulloch. Atualmente, recebe orientação de Elisabete Matos

Ligações

URL: sarabragasimoes.blogspot.pt

 Sara Braga Simões

José Veloso Rito

Jose-Veloso-RitoJosé Veloso Rito

José Veloso Rito, nascido em 1954, é um músico e compositor, que se dedica à arte e polifonia musical, nomeadamente em piano clássico e contemporâneo. Embora o seu percurso académico o tivesse levado a licenciar-se em Engenharia Civil pela Universidade do Porto, a música esteve desde muito cedo presente na sua vida.

Em 1962, com apenas 8 anos, iniciou a sua aprendizagem de acordeão artístico com o conceituado acordeonista internacional Assis Johnes, tendo concluído este curso particular em 1970 com distinção e louvor, interpretando Czardas de Monti, Danças Húngaras de Brahms, Dança do Sabre de Katchaturian, etc.. Atuou na Rádio Comercial da altura (Festival) como acordeonista, bem como em diversos concursos de acordeão em Espanha e França. Mais tarde, compôs músicas para acordeão artístico, nomeadamente, valsa ao estilo parisiense e música popular.

Paralelamente, em 1964, iniciou o curso de piano do Conservatório de Música do Porto, nas classes da distinta pianista e compositora Berta Alves de Sousa e na classe do Professor Fernando Jorge Azevedo, insígnio pianista e maestro. Foi ainda aluno da ilustre pianista matosinhense Agripina, e da professora Idalina Campelo.

Em 1970, participou como pianista num concurso internacional de música com coral Juventude Comunicativa, realizado em Coimbra, onde executou, entre outras, a peça da sua autoria “Guerra e Paz”. Ainda no mesmo ano, deu diversos recitais particulares de piano.

Mais tarde, em 1975, foi professor de música no Liceu nacional da Vila da Feira. Um ano depois, em 1976, tocou com Rui Veloso, em conjuntos musicais de jazz e música contemporânea, tendo dado diversos recitais de piano internacionais, nomeadamente em Freiburg, Alemanha.

Entre 1980 e 1989, realizou vários concertos e recitais de piano para a mais distinta Sociedade Portuguesa, interpretando sonatas e prelúdios de sua autoria, diversas obras de Chopin, Monti, Skriabin, Brahms, e música ligeira portuguesa e brasileira, incluindo temas de jazz. Atuou em diversas Sociedades Musicais Portuenses e outras.

Em 10 de Junho de 2002, participou como pianista nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, nos Estados Unidos da América, mais concretamente na UMASS COLLEGE em Boston, New Bedford. Estiveram presentes individualidades e autoridades Americanas e Portuguesas ligadas ao mundo da Arte, nomeadamente, Miss Vernette, professora Universitária, o Cônsul de Portugal, e o Mayor de New Bedford etc.

José Veloso RitoEm 2004 e 2005, fez várias digressões musicais de piano no Brasil, tendo atuado em S Paulo, Campo Grande e outras cidades brasileiras, como pianista solista convidado, dedicando-se essencialmente à composição de peças para piano, a sua grande paixão.

Continua como compositor a compor peças para piano, e a tocar publicamente em eventos sociais, festas, comemorações, aniversários etc. Voltou a atuar nos Estados Unidos da América para as comunidades portuguesas aí sediadas e para o público em geral, tendo composto um Hino para a Sociedade Recordações de Portugal nos Estados Unidos, de que é membro honorário.

Em 2006, compôs vários prelúdios para piano e baladas ao estilo ibérico com polifonia própria pianística, românticos e de interpretação rica e colorida, com estilo muito próprio em evocação ao seu País, sua família e amigos, com diversos temas executados e gravados em seus pianos particulares: um Steinway de concerto de cauda modelo O, e um C.Bechstein cauda inteira modelo C, pianos estes de excepcional qualidade polifónica e som, onde já foram gravados outros temas de músicos e pianistas de carreira internacionais.

Editou recentemente um CD com as suas composições intitulado FANTASIAS AO PIANO, com músicas nitidamente de polifonia portuguesa, e com influências das diversas viagens que efetuou pelo país e pelo mundo.

Realizou ainda vários concertos de gala no Ateneu Comercial do Porto .

Em  2010, obteve o prémio de melhor colaboração e composição musical pianística do CLUB Literário do Porto, Fundação Dr Carlos Araújo.

Ligações

URL: www.joserito.com

Improviso Boogie Woogie

Sonata da Água - Estados Unidos da América

Pensando em ti numa tarde de Outuno

Viagem ao Passado

Suite em si maior

Balada para Elisinha

Poemas do tamanho de nós de Conceição Sousa

Variações ao piano jazzisticas e romanticas

Sombras Vagas

Falei contigo

Os sonhos nunca desaparecem

Pensando em ti numa tarde de Outono - audio

Este meu futuro lindo

São para ti em meu bechstein lindo...

Momento musical segunda parte

Vozes da Primavera

Pensando em ti numa tarde de Outuno - apresentação de recital

Sonata da Água

Sofia Sarmento - Testemunho da minha experiência enquanto aluna de piano em Londres

O Desafio

Vim para Inglaterra no início deste ano letivo, em Setembro de 2013, a fim de realizar uma pós-graduação em piano performance, na Trinity Laban Conservatoire of Music and Dance - Universidade de Greenwich, em Londres. Tinha realizado os pré-requisitos de entrada meio ano antes, e depois de saber que a porta para a realização de um dos meus grandes sonhos se abrira, preparei toda a minha vinda.

Os motivos que me trouxeram a Londres prendem-se muito com as características da cidade em si, que me completam e me permitem crescer sob o ponto de vista pessoal e pianístico.

Se por um lado Londres é uma das cidades centro da música na Europa, com uma atividade artística muito forte e ao mais alto nível, por outro lado é também uma metrópole riquíssima em museus, catedrais, jardins e espaços bonitos e maravilhosos para se conhecer e visitar.

Sinto-me muito feliz e motivada, e seguirei contando um pouco da minha experiência na minha nova cidade.

A Universidade

A minha universidade situa-se no sudeste de Londres, um pouco afastado do centro (zona dois), numa área chamada Greenwich. É um dos espaços verdes da cidade, junto do rio Tamisa, e onde se encontra o meridiano que marca o relógio inglês e também português, servindo de referência para estabelecer os fusos horários. Algumas das atrações turísticas mais reconhecidas de Greenwich são o Museu Nacional Marítimo, o Observatório Real, o mercado típico londrino, a casa da Rainha, e o navio Cutty Sark. Considero o espaço especialmente bonito e agradável, e o ambiente envolvente muito pacífico e saudável.

Durante a semana estou regularmente muito preenchida com todas as atividades que tenho na universidade. A minha pós-graduação é muito vocacionada sobre a vertente prática do piano, e tenho aulas todos os dias de disciplinas variadas como piano, música de câmara, improvisação, acompanhamento, pedagogia de piano, portfólio artístico, e uma espécie de masterclasse ou aula de piano em grupo para todos os alunos, às quintas-feiras, a que chamamos Tutorial Classe.

O plano curricular dá-nos uma visão muito vasta sobre as várias competências da performance, preparando-nos de forma muito aberta e consciente para o tipo de vida e de carreira que as pessoas têm nesta área em Inglaterra depois de terminar um curso. É bom sentir que aprendo coisas novas e que o espírito aqui é sempre muito aberto a novos conceitos (“open mind”).

Tenho investido muito tempo no estudo de piano, preparando novo repertório e participando em projetos muito variados que me permitem alargar a minha experiência tanto a solo como em música de câmara, e tudo isso se torna possível devido às condições físicas da escola, que dispõe de imensas salas com pianos de cauda para estudar, e ao acompanhamento muito personalizado que temos por parte dos nossos professores.

Multiculturalidades

A classe de piano da escola é constituída por alunos de vários países europeus (França, Itália, República Checa, Grécia, etc.) e asiáticos (China, Japão). O nível é bastante alto o que incentiva um estudo muito metódico, e todos estamos inseridos dentro de um plano de atividades como ciclos de recitais de piano organizados em várias igrejas e espaços ao redor da escola, ou a ela relacionados.

Sinto que ter conquistado a oportunidade de estudar nesta escola tem sido um objetivo muito bem recompensado por tudo o quanto tenho aprendido nela, as oportunidades que através dela posso usufruir e todas as pessoas que aqui tenho conhecido. Londres é uma cidade culturalmente fantástica pelo que toda a minha experiência aqui tem contribuído imenso para o meu enriquecimento musical.

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